domingo, 11 de dezembro de 2011

O Grupo dos 77 mais China rejeitaram hoje o pacote de decisões apresentado na XVII Conferência Ambiental das Nações Unidas,

Via Adital

Adital
G-77 mais China rejeita documento da Durban

O Grupo dos 77 mais China rejeitou hoje o pacote de decisões apresentado na XVII Conferência Ambiental das Nações Unidas, por carecer de reivindicação dos países subdesenvolvidos sobre o Protocolo de Kyoto. Segundo fontes diplomáticas informaram a Prensa Latina, o grupo exigiu a apresentação de um novo texto, pois o que foi imposto não inclui um segundo período de compromissos de Kyoto, tema chave nestas negociações em matéria de mitigação de gases de efeito estufa.

O documento, promovido pelos países industrializados, forma parte de um pacote de decisões processadas pela Conferência das Partes do Protocolo de Kyoto e o Grupo de Cooperação a Longo Prazo da Convenção.

As sessões da conferência permanecem paralisadas, enquanto blocos de países unificam posições e examinam variantes de resposta diante das possíveis decisões que assumam os gestores dessas instâncias.

Durante estas duas semanas de negociações, o G-77 mais China insistiu na necessidade de um segundo período de compromissos do Protocolo de Kyoto, a fim de evitar uma brecha nas quantias de mitigação, já que o primeiro período do pacto expira em 2012.

No mesmo sentido se pronunciou a Aliança de Pequenos Estados Insulares, bloco que denunciou fortemente os perigos aos quais se expõem devido ao aquecimento global e à consequente elevação do nível dos mares.

O Protocolo de Kyoto foi assinado em 1997, ratificado por 156 países e logo rechaçado por dois dos principais contaminantes do mundo, Estados Unidos e Austrália.

Em essência, estabelece o objetivo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em uma média de 5,2 por cento com relação aos níveis de 1990, ainda que em seu anexo B especifique metas quantificadas de mitigação por cada país.

É, na prática, o único instrumento vinculante de que dispõe a comunidade internacional para quantificar as obrigações por países, apesar das limitações evidentes, dado o baixo nível de metas de redução.

O quarto relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática precisou que para estabilizar as concentrações de gases de efeito estufa aos níveis aceitos se requereria que os países desenvolvidos reduzissem suas emissões entre 25 e 40 por cento para o ano 2020, e entre 80 e 95 por cento para 2050, sempre em relação às emissões de 1990.

Em coincidência com o repúdio do G-77 mais China ao documento da conferência, grupos de indignados climáticos invadiram o Centro Internacional de Convenções de Durban, inconformados com o rumo da conferência, que deveria seguir a ordem de salvar o planeta do aquecimento global.

A passagem dos manifestantes foi obstruída por um cordão de guardas de segurança das Nações Unidas, que os impediu de chegar ao plenário onde ocorria a última parte da jornada da reunião.

"Não às transnacionais”, "Não matem a África”, "Salvem nossas mulheres e crianças”, "Não queremos morrer”, foram algumas das palavras de ordem dos indignados.

Os manifestantes, dispersados pelos guardas, se mantêm nas proximidades do centro de convenções.

A notícia é de Prensa Latina

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